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o largo.

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19.11.24

Tribunal executa bens de empresa de Cristina Ferreira

A "Amor Ponto" já tinha sido condenada a pagar à SIC por quebra contratual.


por Bruno Micael Fernandes

Sam Barnes/Web Summit via Sportsfile/Wikimedia Commons (CC BY 2.0)

A empresa "Amor Ponto", detida pela apresentadora portuguesa Cristina Ferreira, foi alvo de uma ordem de execução por parte do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, avançam vários meios de comunicação social.

Ao todo, a execução é de 4,7 milhões de euros, incluindo juros, tendo o tribunal notificado diversas entidades sobre o ato e penhorado créditos e bens da "Amor Ponto", por forma a assegurar o pagamento à SIC pela quebra contratual, depois da saída de Ferreira do canal do grupo Impresa em 2020.

Segundo o Correio da Manhã, as notificações começaram a chegar na semana passada às empresas com as quais a "Amor Ponto" trabalhou ou trabalha, incluindo o grupo Media Capital. As contas bancárias da empresa também foram congeladas.

Recorde-se que a empresa, que tem como acionistas, além da apresentadora, o pai desta António Jorge Ferreira e a Docasal Investimentos (também detida por Ferreira e o seu pai), foi condenada pelo tribunal de Sintra em junho deste ano a pagar cerca de 3 milhões e 300 mil euros, acrescidos de juros, à estação de Paço de Arcos até porque havia um "concreto contrato de prestação de serviços" entre as duas partes. Contudo, a apresentadora foi absolvida, pois o tribunal frisou que o contrato não era livremente revogável e havia sido celebrado entre a SIC e a "Amor Ponto" e não com Ferreira, "não se confundindo esta com a sua sócia maioritária e gerente". Por seu turno, o tribunal também reconheceu que a "Amor Ponto" deveria receber cerca de 260 mil euros, com juros, devido a faturas de comissões de publicidade e passatempos.

Cristina Ferreira decidiu avançar com um recurso da decisão, mas não apresentou quaisquer garantias bancárias nem avançou com um pedido de efeitos suspensivos.

Todo o processo foi espoletado com a saída da apresentadora da SIC em junho de 2020 e o seu regresso à TVI, sendo que Ferreira se tornou diretora do canal e acionista do grupo Media Capital. Em setembro, a estação de Paço de Arcos avançou com um processo contra a apresentadora e a "Amor Ponto" por quebra contratual.