Emprego, educação e entretenimento são os meios principais de aprendizagem do inglês, diz estudo
British Council considera mesmo que o conceito de “nativo” tem evoluído para algo mais flexível.
As transformações na aprendizagem do inglês foram alvo de um estudo pela organização britânica British Council. "The Future of English. Global Perspectives" é o nome da análise que está disponível online.
Numa nota enviada às redações, a British Council Portugal nota que o estudo reuniu as "conclusões tiradas em mesas redondas com 92 especialistas e legisladores de políticas educativas de 49 países e territórios em todo o mundo, incluindo Portugal".
"Nativo" do idioma já é um conceito "diluído"
A alterações no ensino e aprendizagem do inglês têm acontecido a diversos níveis, centrando-se mais no dia-a-dia e menos na forma: "O foco é muito mais a comunicação e a oralidade, em vez da gramática e do vocabulário", diz o instituto, acrescentando que são eliminadas "as discrepâncias detetadas por empregadores e funcionários entre o inglês que é ensinado e o inglês que é de facto necessário no local de trabalho".
O que também tem mudado é o conceito de "nativo" de inglês. A aprendizagem personalizada tem tornado esta ideia algo mais "diluído": "Tem passado para uma conceção mais flexível de língua, baseada nas competências linguísticas", explica o instituto. Esta nova visão tem também alterado a própria forma de ensinar: "A aprendizagem é agora mais contextualizada, personalizada e individualizada, respondendo assim às necessidades atuais, mais ligadas às exigências práticas das vidas pessoais e profissionais dos estudantes".
Além do emprego ou da própria formação, o entretenimento através das redes sociais tem ganhado espaço como forma de aprendizagem da língua. Esta mudança surge com a entrada de players internacionais no setor que têm abordagens fortes à inteligência artificial, criando "propostas muito mais individualizadas de aprendizagem" e que trazem vantagens como o ensino particular inteligente ou o feedback automático. Este tipo de aprendizagem é "menos intrusiva e mais diversa": "Facilita-se o acesso à aprendizagem para alunos neuro-diversos e para os que apresentam disparidades entre o inglês falado e escrito", considera.
O estudo pode ser lido na íntegra no site do British Council.