Cofina avança com despedimento coletivo
A Cofina Media vai despedir mais de cinquenta trabalhadores, diz o site SAPO 24, citando a LUSA.
Segundo fonte oficial do grupo de media, que detém o "Correio da Manhã" (CM), a "CMTV", a "Sábado" ou o "Negócios", este despedimento coletivo "surge na sequência de um processo de reorganização que o grupo (...) já tinha anunciado". O grupo, segundo as declarações da fonte oficial do grupo à LUSA em março passado, tem estado a "ajustar as suas equipas, reduzindo na imprensa e apostanto cada vez mais no digital, na multimédia", e não colocava "de lado a utilização dos meio legais disponiveis":
Alterações no grupo, novas direções e área de publishing
E foi justamente em março que o grupo divulgou os resultados: os lucros da Cofina caíram 14,4% (face a 2015) para os 4,3 milhões de euros. As receitas operacionais recuaram 0,7% para os 99,9 milhões de euros.
Em março, numa nota interna a que a LUSA teve acesso, refere-se a quebra de receitas publicitárias como a grande razão para o corte de 10% dos custos. Em março, foi também despedida quase toda a redação do jornal gratuito Destak.
Estes despedimentos, anunciava o Público, estavam quase consumados porque, segundo jornal, os profissionais em causa ainda não haviam sido contactados pelo departamento de Recursos Humanos. Nesse mesmo mês, a Cofina anunciava mudanças na estrutura do grupo. Otávio Ribeiro, diretor do Correio da Manhã e da CMTV assumiu o cargo de publisher dentro do grupo. Já Eduardo Dâmaso, até altura diretor-adjunto do CM, passava a ser diretor da revista Sábado.
No comunicado, citado pelo Público, anunciava-se a criação de uma área de publishing "de modo a obter importantes sinergias entre os seus títulos de imprensa, plataformas digitais e televisão".