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o largo.

o mundo num beco. a rádio num coreto. a cultura num blogue. Notícias sobre música, entretenimento, artes, rádio.

31.07.24

TVI e Amazon Prime Video apostam em remake de "Ninguém Como Tu"

Produto emblemático da estação de Queluz de Baixo regressa com novo elenco e em formato série.


por Bruno Micael Fernandes

TVI/Divulgação

Foi uma das novelas de maior sucesso na TVI e agora regressa para um remake: a estação detida pelo grupo Media Capital e a Amazon Prime Video vão apostar numa nova versão de "Ninguém Como Tu".

Com 20 episódios, a produção ganha um novo formato e um elenco totalmente renovado, sendo a ausência mais notada a de Alexandra Lencastre, que deu vida à personagem principal "Luísa Albuquerque" na produção de 2005. Lúcia Moniz, Guilherme Filipe, Maria José Paschoal, Marco Delgado, Pedro Sousa, Laura Dutra, Gonçalo Waddington, Leticia Spiller, Rodrigo Trindade, Diana Palmerston, Diogo Fernandes, Maria Gomes Andrade, Ana Lopes e Rafael Ferreira fazem parte do elenco da nova série a que se juntam Benedita Pereira, Joana Seixass e Paulo Rocha que fizeram parte do elenco da novela original.

A sinopse mantém-se, contudo, inalterada: "Na série, vai ser retratada a permanente luta pela conquista dos sonhos que dão sentido à existência humana", descreve a estação em comunicado, acrescentando que, "para a inescrupulosa Luísa Albuquerque, é para isso que o dinheiro serve: realizar sonhos". Mas tudo isso muda quando Luísa "recebe uma sentença fatal: tem apenas um ano de vida. Perante a revelação de que, afinal, o mais importante o dinheiro não compra, até onde é que será capaz de ir para encontrar a felicidade e o amor que guiam a vida?".

A nova aposta vai ser produzida pela See My Dreams, produtora que está responsável por outras apostas da TVI no streaming, como as novas séries "Morangos Com Açúcar", atualmente em exibição no canal: "Este é o regresso de um produto da TVI que marcou a televisão nacional. “Ninguém como Tu” continua a ser uma das novelas de maior sucesso de sempre, que promete conquistar novamente o público português", sublinha.

A produção ainda não tem data de estreia, mas ficará disponível no serviço da Amazon em Portugal.

27.07.24

Morreu a fadista Mísia

Tinha 69 anos.


por Bruno Micael Fernandes

Axel Hartmann/Wikimedia Commons (CC BY-SA 2.0)

A cantora fadista portuguesa Mísia morreu este sábado em Lisboa. A informação foi avançada pelo escritor e amigo da música Richard Zimler nas redes sociais.

Segundo o jornal digital Observador, a cantora estava internada num hospital em Lisboa devido a "doença prolonga". "Partiu em paz, docemente, sem dores", escreveu Zimler.

Alter ego de Susana Maria Alfonso de Aguiar, Mísia nasceu no Porto em 1955. Lançou o seu primeiro trabalho em nome próprio em 1991, tendo gravado 13 discos com letras de José Saramago ou Agustina Bessa-Luís e ficado associada como a criadora do chamado "novo fado". Ao longo da carreira colaborou também com Amélia Muge e Mário Cláudio.

Mísia tinha 69 anos.

27.07.24

Corpo de Praia

A importância que se dá ao corpo não mudou, mudou apenas o formato da atenção que lhe damos.


por Anna Kosmider Leal

LightFieldStudios/Envato Elements

Quando se aproxima o verão, o tempo aquece, aligeiramos as roupas, atualizamos o roupeiro de inverno para verão e, com uma certa ansiedade, olhamos para o nosso reflexo no espelho. Parece que, de ano para ano, fica cada vez mais longe da nossa perceção de corpo adequado a mostrar na praia.

E se fosse possível entrar numa loja e comprar um corpo de praia?  Podia escolher-se o tamanho, a cor, a pele… O ser humano tem tendência a perseguir a perfeição sem olhar para as consequências. Há quem faça dietas draconianas que provocam distúrbios mentais, há quem apanhe sol sem limites que resultam em doenças na pele, há quem sobreponha a sua aparência física aos outros aspetos da vida, apenas para sentir o seu real valor. Então e se os corpos “da loja” viessem com uma etiqueta onde estivessem escritos todos os efeitos secundários, queríamos comprá-los na mesma?

Antes de responder a esta pergunta vejamos como o corpo era visto no passado.

Já na Atenas antiga, o corpo bem formado era um elemento importante da ideia da democracia, acreditava-se que o calor corporal incentivava a discussão e a participação nos assuntos do estado. O ideal era o princípio de kalos kagathos – a combinação da beleza corporal com a bondade espiritual. Na Idade Média surgiu uma atitude ambivalente em relação ao corpo, era ao mesmo tempo condenado (a alma era prisioneira do corpo) e exaltado (o mistério da encarnação de Cristo). O corpo começou a ser percebido como uma metáfora da sociedade – a sua coesão e harmonia ou, pelo contrário, a sua rutura e conflitos. Uma abordagem inovadora e puramente materialista do corpo e da sua fisiologia pode ser encontrada em François Rabelais. Na sua perspetiva, é no corpo e graças à continuidade das gerações que é possível medir e acompanhar o tempo histórico.

O que mudou ao longo de anos?

Na verdade, a importância que se dá ao corpo não mudou, mudou apenas o formato da atenção que lhe damos.

Estamos rodeados de corpos perfeitos, caras bonitas, pessoas magras a sorrir para nós em cartazes ou fotos postadas no Instagram. E fácil ficar confuso com as próprias interrogativas: “se eu fosse mais magra, se tivesse um nariz mais pequeno, peito maior/menor, cabelo ondulado/liso… – aqui cada um pode terminar a frase de forma livre – seria muito mais feliz.”

Algumas investigações comprovam que isto, não só não funciona, como tem o efeito inverso. Indivíduos que implementaram dietas foram examinados após 4 anos do início do processo e os resultados mostraram que todos eles, independentemente de manterem ou não o peso, revelaram um nível de felicidade inferior ao apresentado no início da dieta.

Situação semelhante acontece no caso das cirurgias plásticas. Em 2011 foi realizada uma investigação na Noruega com cerca de 2000 jovens, que mostrou que quem as decidiu fazer, têm como denominador comum um nível de felicidade bastante mais baixo do que a média dos jovens em geral. Através destes meios invasivos arriscam uma oportunidade de se sentirem mais felizes, mas, lamentavelmente, as cirurgias são apenas mais um ponto na lista de procedimentos que podem fazer precisamente o inverso.

Voltando à questão inicial, da próxima vez que observar o seu reflexo no espelho e tiver dúvidas se tem um corpo adequado para ser exibido a outros na praia, lembre-se que todas aquelas pessoas também têm corpos, têm espelhos, têm as suas inseguranças e, tal como nós, iriam à imaginária “loja dos corpos”, mas seguramente sairiam sem trocá-lo, pois NENHUM nos assenta melhor que o PRÓPRIO.

Este texto é publicado n’o largo. no âmbito do projeto "Cultura, Ciência e Tecnologia na Imprensa", promovido pela Associação Portuguesa de Imprensa.

24.07.24

UTAD celebra Dia dos Avós com exposição de chapéus criados por idosos

Peças foram criadas por utentes de instituições do distrito de Vila Real.


por Bruno Micael Fernandes

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

São cerca de 20 chapéus, "nascidos de mãos séniores", que vão estar em exposição na sala de exposições da Biblioteca Central da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real. É a exposição "Chapéus há muitos", uma iniciativa conjunta da Pró-reitoria para a Cultura e Serviços de Documentação, do centro de Cultura e Responsabilidade Socila da instituiçao e do Centro Social e Paroquial de Constantim (CSPC).

Segundo a nota enviada pela instituição transmontana, a mostra é uma ação coletiva, reunindo peças criadas por utentes de "19 instituições de solidariedade social de Alijó, Montalegre, Peso da Régua, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real": "Feitos com diversos materiais reciclados, os chapéus foram ganhando forma e feitios, conforme a imaginação dos idosos", acrescenta.

A inauguração da exposição acontece já a 26 de julho. Além de representantes da UTAD e do CSPC, a ação contará com a presença de 130 idosos das 19 instituições envolvidas, além de um programa que inclui atuações do Grupo de Bombos de Constantim, da Tuna da Universidade Sénior de Peso da Régua e várias tunas da UTAD, além de um missa em honra de São Joaquim e Sant'Ana.

A exposição estará patente até "final de agosto", podendo ser visitada de segunda a sexta, entre as 10 e as 17h. A entrada é gratuita.

23.07.24

Porto Pride regressa em setembro com "três dias de luta e celebração"

Evento Pride é o mais antigo do norte de Portugal e desafia agentes da cidade a envolver-se.


por Bruno Micael Fernandes

Associação Porto Pride

Está prometido "um programa diversificado que inclui, conferências, atividades culturais e momentos de celebração, promovendo o encontro entre pessoas, instituições, empresas e ativistas". A organização do Porto Pride anunciou esta terça-feira as datas do "evento Pride mais antigo do note de Portugal": o evento decorre de 13 a 15 de setembro, descritos como "três dias de luta e celebração".

Coincidindo com o mesmo ano em que o Porto será o palco do encontro da European Pride Organisers Association (EPOA), o Porto Pride continua a abrir-se à cidade: "Estamos atualmente a desafiar as pessoas e agentes culturais da cidade a proporem e organizarem iniciativas durante os três dias do evento", refere a organização numa nota enviada à imprensa.

Além disso, a agenda do evento ainda não está fechada, estando, no entanto, definidos dois eventos: o habitual Arraial Porto Pride, que, no ano passado, se realizou no Parque da Pasteleira, mas que a organização pretende ver deslocado "para o centro da cidade"; e o "Porto Pride Summit", uma conferência de Direitos humanos que pretende "promover locais de trabalho mais inclusivos para as pessoas LGBTI+, logo no primeiro dia do evento. A ação acontecerá na Porto Business School, no dia 13 de setembro, e contará com a presença de representantes do governo, da EPOA e de empresas parceiras do evento.

Para o coordenador-geral do Porto Pride Diogo Vieira da Silva, o evento já é de escala internacional e o impacto que tem na economia portuense "já não pode ser mais ignorado": "Sempre que anunciamos as datas do evento, a quantidade de mensagens de pessoas internacionais que recebemos a questionar qual o melhor hotel ou a melhor forma de chegar ao Porto é avassaladora, principalmente dos nossos vizinhos de Espanha", refere.

A evento é gratuito.

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