Atualmente e felizmente, é possível ser-se vegano e ir almoçar/jantar fora sem que se tenha de ouvir, em resposta à pergunta “Qual é o menu?”, que só têm salada.
A sociedade evoluiu e a oferta gastronómica para quem não consome qualquer produto de origem animal também.
Apesar de já encontrarmos vários estabelecimentos de restauração veganos um pouco por todo o país, é em Lisboa que a oferta de gastronomia vegana é mais acentuada.
Porém, ser vegano não se limita unicamente à comida que se ingere.
Ser vegano é uma filosofia de vida que condena a exploração dos animais pelo Homem, o que acaba por implicar que não se adquira roupas e produtos derivados de peles de animais, não se utilize produtos cosméticos testados em animais e não se frequente locais em que se utilizem animais para o entretenimento do público, como é o caso dos jardins zoológicos, circo, touradas e, até, provas equestres.
Para além disto, em muitos casos, o veganismo caminha ainda de mão dada com movimentos ecologistas e anticapitalistas defendendo, de permeio, a economia circular e o comércio justo.
Depois desta sintética explicação do que é ser e viver como um vegano, é altura de partirmos à descoberta do estilo de vida vegano em Lisboa procurando descortinar quais os melhores locais onde comer e o que fazer em sintonia com esta filosofia de vida. Vamos lá!
Viver um estilo de vida vegano: onde comer e o que fazer em Lisboa?
Imaginemos que acabamos de chegar a Lisboa e somos, ou queremos, experimentar um estilo de vida vegana na sua plenitude.
Como o estômago já começa a “dar horas”, começamos por procurar um restaurante vegan em Lisboa. Depois de uma rápida pesquisa na Internet, encontramos o Organi, um restaurante vegano situado no Chiado que tem recebido excelentes críticas de quem o visita.
Uma vez lá chegados, somos brindados com um restaurante cuja missão é oferecer boa comida vegana à base de alimentos que vêm da terra e que respeitam os ciclos da Natureza, isto é, os ingredientes utilizados na confeção dos pratos, sempre biológicos, estão alinhados com a sazonalidade dos mesmos, o que acaba por resultar num menu sempre original, mas sempre em linha com uma ideia de harmonia e consciência alimentar.
Para além de não utilizar produtos de origem animal, ficamos a saber que todos os pratos, incluindo sobremesas, são feitos sem açúcar.
Entre as várias opções de refeições vegan disponíveis, decidimos começar a “forrar” o estômago com a sopa do dia e uns nachos com guacamole. Terminado esta saborosa entrada, seguimos em direção ao prato principal: um poderoso e delicioso caril de grão.
Para terminar e deixar a boca doce para o resto do dia, decidimos escolher o arroz doce, doce, mas sem açúcar.
Depois de almoçar e de forma a mantermo-nos na rota vegana, somos aconselhados a visitar a loja Green Beans, também no Chiado, que nos permite comprar um pouco de tudo, desde alimentos vegan prontos a confeccionar até calçado e vestuário fair-trade e orgânico.
Descoberta esta pitoresca loja, damos um pulo até ao Mercado Oriental do Martim Moniz onde nos espera uma explosão de sabores e cheiros orientais.
Uma vez lá dentro, podemos encontrar Tahini, uma grande variedade de tofu e, claro está, muitos produtos orientais.
Após passarmos por alguns dos monumentos e museus mais icónicos da capital, é tempo de terminarmos a tarde no Jardim situado na Praça Dom Luís, em Lisboa, é um espaço verde de destaque na cidade.
No seu centro, ergue-se o monumento ao Marquês Sá da Bandeira. Esta obra foi oficialmente apresentada à cidade em 31 de julho de 1884.