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o largo.

o mundo num beco. a rádio num coreto. a cultura num blogue. Notícias sobre música, entretenimento, artes, rádio.

25.01.24

Tondela: Biblioteca Municipal celebra dia internacional da Doação de Livros

Comunidade é convidada a participar “na circulação de histórias e saberes”.


por Bruno Micael Fernandes

Município de Tondela

A Biblioteca Municipal Tomaz Ribeiro, em Tondela, vai assinalar o dia internacional da Doação de Livros com uma iniciativa que pretende envolver toda a comunidade.

Numa nota enviada às redações, o município tondelense afirma que o mote é dar uma vida nova aos livros usados: "'Se tens em casa livros que sabes que não vais voltar a ler, convidamos-te a participar na circulação de histórias e saberes' é o desafio que está a ser
lançado",
acrescenta.

Os livros podem ser entregues até ao dia 14 de fevereiro na Biblioteca Municipal, sendo depois oferecidos "a crianças e adultos mais desfavorecidos".

A efeméride foi instituída em 2012 para "ampliar o aesso ao slivros e estimular hábitos de leitura", acrescenta a autarquia.

25.01.24

"Tudo na Boa!" estreia no TVCine

Filme marca regresso de Jennifer Lawrence à comédia.


por Bruno Micael Fernandes

NOS Audiovisuais/Direitos reservados

Bem recebido pela crítica, chega agora ao pequeno ecrã: "Tudo na Boa!" estreia esta sexta-feira no TVCine Top.

Protagonizada por Jennifer Lawrence, esta "cringe comedy" conta a história de Maddie, uma mulher de 32 anos que está prestes a perder a casa onde cresceu. Um dia, ela descobre uma vaga de emprego, no mínimo, curiosa: "pais "galinha" procuram alguém para “andar” com o seu introvertido e desajeitado filho de 19 anos, Percy [Andrew Barth Feldman], antes de este ir para a universidade", indica o canal premium de televisão. Agora, Maddie só tem um objetivo: "tem um verão para fazeer dele um homem ou morrer a tentar". No entanto, para sua surpresa, Percy "tem muito que se lhe diga..."

Realizado por Gene Stupnitsky, "Tudo na Boa!" marca o regresso de Lawrence à comédia, conta também com Matthew Broderick, Laura Benanti e Natalie Morales no elenco.

O filme será exibido a partir das 21h30.

 

23.01.24

Praia da Vitória promove Semana das Zonas Húmidas

Iniciativa quer “despertar o potencial” destas áreas do concelho.


por Bruno Micael Fernandes

Município da Praia da Vitória

Um workshop, sessões de observação de aves e percursos pedestres são apenas algumas das atividades incluídas no programa da Semana das Zonas Húmidas, na Praia da vitória, Açores.

A iniciativa, que arranca no próximo dia 27 de janeiro, vai ser promovida pelo município e tem como objetivo "despertar para o potencial das zonas húmidas" do concelho. A primeira atividade do program é promovida pela comunidade escolar do municipio e Escuteiros: será uma feira sustentável que tem como mote "Pensar e Agir por um Planeta Saudável". O município descreve a ação como "uma espécie de feira da tralha", decorrendo ao longo de toda a manhã. Da parte da tarde, haverá uma atividade ligada ao desenho, promovida pela Associação Urban Sketchers da Ilha Terceira.

O programa ainda inclui um percurso interpretativo na baía da Praia da Vitória, três palestras e sessões guiadas de observações de aves.

Todas as atividades são gratuitas, sendo necessária inscrição prévia pelo email cia@cmpv.pt ou pelo telefone +351 913 671 687. O programa pode ser consultado no site do município.

22.01.24

Emprego, educação e entretenimento são os meios principais de aprendizagem do inglês, diz estudo

British Council considera mesmo que o conceito de “nativo” tem evoluído para algo mais flexível.


por Bruno Micael Fernandes

valeriygoncharukphoto/Envato Elements

As transformações na aprendizagem do inglês foram alvo de um estudo pela organização britânica British Council. "The Future of English. Global Perspectives" é o nome da análise que está disponível online.

Numa nota enviada às redações, a British Council Portugal nota que o estudo reuniu as "conclusões tiradas em mesas redondas com 92 especialistas e legisladores de políticas educativas de 49 países e territórios em todo o mundo, incluindo Portugal".

"Nativo" do idioma já é um conceito "diluído"

A alterações no ensino e aprendizagem do inglês têm acontecido a diversos níveis, centrando-se mais no dia-a-dia e menos na forma: "O foco é muito mais a comunicação e a oralidade, em vez da gramática e do vocabulário", diz o instituto, acrescentando que são eliminadas "as discrepâncias detetadas por empregadores e funcionários entre o inglês que é ensinado e o inglês que é de facto necessário no local de trabalho".

O que também tem mudado é o conceito de "nativo" de inglês. A aprendizagem personalizada tem tornado esta ideia algo mais "diluído": "Tem passado para uma conceção mais flexível de língua, baseada nas competências linguísticas", explica o instituto. Esta nova visão tem também alterado a própria forma de ensinar: "A aprendizagem é agora mais contextualizada, personalizada e individualizada, respondendo assim às necessidades atuais, mais ligadas às exigências práticas das vidas pessoais e profissionais dos estudantes".

Além do emprego ou da própria formação, o entretenimento através das redes sociais tem ganhado espaço como forma de aprendizagem da língua. Esta mudança surge com a entrada de players internacionais no setor que têm abordagens fortes à inteligência artificial, criando "propostas muito mais individualizadas de aprendizagem" e que trazem vantagens como o ensino particular inteligente ou o feedback automático. Este tipo de aprendizagem é "menos intrusiva e mais diversa": "Facilita-se o acesso à aprendizagem para alunos neuro-diversos e para os que apresentam disparidades entre o inglês falado e escrito", considera.

O estudo pode ser lido na íntegra no site do British Council.

12.01.24

Áreas de vegetação “diminuíram drasticamente” no Porto desde 1947

Trabalho apresenta as áreas de vegetação mais estáveis e menos perturbadas da cidade Invicta ao long


por Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

“As áreas de vegetação no Porto diminuíram drasticamente desde 1947, particularmente as áreas de vegetação herbácea.” Quem o diz é Filipa Guilherme, estudante do Programa Doutoral em Arquitetura Paisagista e Ecologia Urbana na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), que, no âmbito da sua tese, acaba de publicar um estudo com uma equipa multidisciplinar da Universidade do Porto, na revista Landscape and Urban Planning.

Este trabalho apresenta, a uma escala fina, as áreas de vegetação mais estáveis e menos perturbadas da cidade do Porto ao longo das últimas sete décadas, as quais deverão ser prioritárias para a conservação da biodiversidade.

A gestão da biodiversidade fica frequentemente limitada por informações espacialmente pouco precisas e sem perspetiva histórica. No caso da biodiversidade urbana, aquela mais próxima dos cidadãos, esta falta de dados a uma escala (temporal e espacial) adequada, assim como num formato espacialmente explícito, impede uma boa integração em políticas e planos de ordenamento e gestão territorial a nível local.

“As áreas de vegetação arbórea-arbustiva mais antigas são reduzidas, mas encontram-se relativamente preservadas e protegidas em parques e jardins, especialmente de acesso público; as áreas de vegetação herbácea persistente são muito escassas, enfrentam problemas de degradação e são altamente suscetíveis à expansão urbana”, continua a detalhar Filipa Guilherme.

A título de exemplo de áreas antigas de vegetação herbácea, pode mencionar-se a zona das ribeiras de Nevogilde e da Ervilheira, onde se prevê a construção da futura Avenida Nun’Álvares/D. Pedro IV e urbanizações associadas; os campos agrícolas da antiga Quinta da Prelada, onde está prevista a construção de uma academia de futebol em terrenos apontados no PDM como espaços fundamentais para a estrutura ecológica municipal; e também antigos campos agrícolas na zona de Ramalde do Meio-Viso-Requesende, onde uma mancha significativa de habitat herbáceo identificada no estudo foi recentemente destruída.

Para chegar a estas conclusões, esta equipa multidisciplinar da Universidade do Porto, que integra também os docentes da FCUP e investigadores do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (BIOPOLIS-CIBIO) da Universidade do Porto, Paulo Farinha Marques e Miguel Carretero, orientadores de Filipa Guilherme, e também  com a participação do professor da FCUP, José Alberto Gonçalves, investigador do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da U.Porto, mapeou a cobertura do solo através da interpretação visual de fotografia aérea antiga e de fotografia de satélite, de 1947 a 2019. Desta forma, a equipa conseguiu determinar as trajetórias temporais de cobertura do solo em toda a extensão da cidade.

“A identificação, a uma escala fina, do valor ecológico de cada parcela urbana, com base no princípio de que as áreas menos perturbadas ao longo do tempo apresentam níveis de biodiversidade mais elevados, facilita a tomada de decisão em políticas de planeamento urbano e projetos urbanísticos, tanto à escala da cidade, como à escala de cada parcela urbana”, explica Paulo Farinha Marques.

Os resultados obtidos podem ser robustecidos com o afinamento da resolução temporal (ou seja, incluir intervalos de tempo mais curtos) para melhor capturar a dinâmica acelerada de transformação urbana. Do mesmo modo, devem ser complementados sobre informação recolhida no terreno, particularmente sobre as comunidades de flora e fauna existentes em cada local.

A mesma equipa vai brevemente publicar os resultados de várias inventariações de vertebrados na mesma área, que vêm corroborar e confirmar as áreas aqui identificadas como prioritárias para a conservação da biodiversidade.

Miguel Carretero, do BIOPOLIS-CIBIO, salienta que “no futuro, a conservação e gestão da biodiversidade nas muitas zonas onde ela sofre perturbação deverá estar baseada em evidência numa escala espacial fina e não poderão ignorar a componente histórica da paisagem”.

Este texto é publicado n’o largo. no âmbito do projeto "Cultura, Ciência e Tecnologia na Imprensa", promovido pela Associação Portuguesa de Imprensa.

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