Foi a cara do arranque do canal de notícias do grupo Media Capital. Mas agora abandona a estação. Judite de Sousa rescindiu o contrato que a ligava à CNN Portugal.
Foi a própria que anunciou a saída do canal através da sua página na rede social Instagram, respondendo a uma seguidora que tinha rescindindo “há mês e meio”. Vários meios de comunicação social citam ainda outro comentário de Sousa, que dá nota que o seu contrato era “a recibos verdes”. O blogue Espalha Factos diz que a saída da jornalista se deveu a “desentendimentos” com a direção do canal e com a equipa editorial do programa “Jornal da CNN”, onde era pivô em alternância com Júlio Magalhães.
Judite de Sousa foi a escolhida pelo (à altura) diretor geral da estação Nuno Santos para inaugurar a estação que substituiu a TVI24. Era o regresso da jornalista à televisão, depois de ter saído da TVI em 2019. Sousa era também colonista no site da CNN Portugal, sendo que o último artigo da rubrica “Notas Soltas” foi publicado a 13 de julho.
“Não tínhamos conhecimento” da denúncia do contrato – Nuno Santos
A reação do grupo Media Capital aconteceu esta manhã. O diretor de informação da TVI e da CNN Portugal Nuno Santos surgiu nos ecrãs da “Quatro”, durante o programa “Dois às 10”, para uma comunicação.
Dizendo ter a “obrigação de defender” a equipa e desmentindo algumas das informações vindas a público, Santos indicou que a saída de Judite de Sousa “nos deixa bastante tristes”, mas precisou que a empresa não tinha conhecimento de que a jornalista tinha denunciado o contrato: “Para nós, isso foi uma novidade porque não é essa a informação que temos aqui“. O diretor de informação precisou que a jornalista “tem um contrato de prestação de serviços com a TVI e com a CNN Portugal e está de baixa médica a seu pedido até ao próximo dia 11 de agosto”.
Outro dos objetivos da comunicação de Nuno Santos foi o de desmentir as informações divulgadas já esta terça-feira pelo Correio da Manhã e pela CMTV sobre as condições de trabalho de Judite de Sousa. Segundo os dois órgãos de comunicação social do grupo Cofina, a jornalista terá sido enviada à Ucrânia sem seguro, sem condições de trabalho e sem acesso a dinheiro, tendo chegado mesmo a pedir dinheiro emprestado a um repórter de imagem. Nuno Santos afirma que a sua direção não vai deixar que “em espaço público, se digam inverdades, mentiras sobre o que está a acontecer” e considerou a situação descrita como “impensável”: “A Judite escolheu a equipa com a qual quis trabalhar e nós demos-lhe todo o apoio nesse apoio. Se há alguma circunstância que nos pode ser apontada, foi de termos tido um apoio excessivo, em contraponto com outros produtos“. Além disso, considerou que a estação de televisão do CM tem “ajustes de contas a fazer connosco”
“A carreira da Judite, aquilo que ela fez nesta ‘casa’, merece-nos muito apreço”, sublinhou.
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