O jornal digital Observador vai apostar em “muito mais conteúdos limitados a assinantes”.
A garantia é de Miguel Pinheiro, diretor executivo da publicação, que, numa mensagem promocional enviada a possíveis assinantes, diz que o jornal quer oferecer “mais aos nossos assinantes porque são também eles quem nos dá mais: mais condições para continuarmos a ser independentes; mais tempo para podermos ter vários jornalistas durante meses a investigar uma história importante; mais meios para escrutinarmos todos os poderes — políticos, económicos ou corporativos”.
A medida entra em vigor já na próxima semana e vai afetar “uma parte muito substancial” dos conteúdos disponibilizados pelo jornal digital. Além disso, os conteúdos disponíveis só para assinantes deixam de ter a identificação “premium”: “Trata-se de um recurso gráfico que passaria a ser, em grande medida, redundante”.
A paywall do Observador foi lançada em 2018. Sob o nome “Observador Premium”, o serviço incidia em artigos e reportagens mais aprofundadas, bem como em artigos de opinião. Atualmente, além do jornal digital, o Observador conta com uma rádio, que pode ser sintonizada nos distritos de Aveiro, Braga, Lisboa e Porto, diversos podcasts que, em janeiro e fevereiro deste ano, totalizaram quase cinco milhões de downloads, segundo dados disponibilizados pela publicação, uma revista de lifestyle em formato impresso e uma loja online de produtos portugueses.