O ator e ativista António Alves Vieira morreu este sábado. A informação foi avançada pelo site Esquerda.net, publicação online do Bloco de Esquerda (BE), partido do qual o Vieira era militante.
Na nota de pesar, o partido ressalva o ativismo de António Alves Vieira pelos direitos LGBTI em Portugal. “Era um militante ativo das Panteras Rosa e um impulsionador da Marcha do Orgulho LGBT do Porto, tendo participado nela desde o início, na sequência do seu envolvimento na reação que teve lugar na cidade quando Gisberta foi assassinada, em 2006”, refere o comunicado, que destaca o seu envolvimento no MayDay, no Porto ou a sua atividade como “dinamizador cultural empenhado e comprometido” no ContraBando – Espaço Associativo.
José Soeiro, deputado do BE e amigo do ator, publicou uma mensagem emotiva nas redes sociais onde confirma a morte de António. “Deste-nos tudo. O mundo tem tão poucas pessoas assim. O mundo, esse que tu enfrentavas com a inteligência violenta do teu amor, tem tão pouco lugar para pessoas como tu, não sabe o que fazer com elas. Hoje estamos tão sozinhos, Tónico.”, escreve.
António Alves Vieira nasceu no Marco de Canaveses e trabalho como ator e produtor em várias companhias de teatro, tendo participado no filme “A Rapariga da Máquina de Filmar” de André Vieira (2012). Em televisão, participou na novela “Rosa Fogo” (SIC).
O ator suicidou-se este sábado. Tinha 30 anos. As cerimónias funebres decorreram esta tarde em Soalhães, Marco de Canaveses.